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Texto acadêmico que apresenta resultados de uma pesquisa, análise ou revisão sobre um tema específico que foi aprovado para publicação ou publicado num periódico científico.

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    De “Corações de Pedra” a “Corações de Carne”: Algumas Considerações sobre a Conversão de “Bandidos” a Igrejas Evangélicas Pentecostais.
    (2011) Pinheiro, Cesar Teixeira
    Este artigo discute vários elementos que permitem entender a conversão de “bandidos” para as igrejas evangélicas pentecostais. O material empírico consistiu basicamente em entrevistas com indivíduos que “viviam uma vida de crime” antes de se converterem a alguma denominação pentecostal. A análise é baseada na ideia de sujeição criminosa – que significa a construção social do “bandido” como sujeito. A sujeição criminosa é destacada nas narrativas de conversão. O estudo, assim, oferece elementos para entender a construção de duas identidades que estão fortemente presentes nas periferias pobres das áreas metropolitanas brasileiras e que constituem uma parte importante de sua realidade cotidiana: o “bandido” e o “crente”.
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    Violência, criminalidade, segurança pública e justiça criminal no Brasil: uma bibliografia
    (ANPOCS, 2000) Lima, Roberto Kant de; Misse, Michel; Miranda, Ana Paula Mendes de
    Esta resenha discute a bibliografia brasileira de ciências socais nas áreas de criminalidade, violência urbana, justiça criminal e segurança pública, demonstrando, inicialmente, seu significativo aumento nos últimos anos, a grande variedade de subáreas temáticas envolvidas nesse crescimento e a complexidade de uma perspectiva analítica que busque integrar comparativamente as diferentes abordagens. Em seguida, discute-se as produções temáticas da criminalidade urbana, da justiça criminal e das políticas públicas de segurança, em sua relação com as representações urbanas, também veiculadas pela mídia, de uma violência crescente.
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    Metonímias da participação pacificada
    (Scripta Nova, 2014) Fleury, Sonia; Kabad, Juliana
    O objetivo desta pesquisa foi, em primeiro lugar identificar os significados da participação nas práticas sociais dos diferentes atores envolvidos na Política de Pacificação implementação em quatro bairros pobres do Rio de Janeiro. Em segundo lugar, analisar tensões e contradições presentes nas metodologias de participação desenhadas por programas sociais desenvolvido nos territórios pacificados. Em vez de, nós considerarmos as várias formas de vidda associativa e participações nas favelas, construídas ao longo da história dos moradores de cada território. Isso fornece o repertório de ação coletiva de cada grupo. Encontramos diferentes agentes públicos usando várias formas de metonímias para designar sua concepção de participação, tais como: proximidade; convenvimento; governança matricida; força do capital social. Essa retórica é confrontafa com o discurso dos moradores em uma disputa de hegemonia e busca pelo compartilhamento de poder.
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    Pandemia nas favelas: entre carências e potências
    (Centro Brasileiro de Estudos de Saúde, 2020) Fleury, Sonia; Menezes, Palloma Valle
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    O mercado sobe o morro: a cidadania desce? Efeitos socioeconômicos da pacificação no Santa Marta
    (2013) Ost, Sabrina; Fleury, Sonia
    Este estudo na favela Santa Marta, após a instalação da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), teve como objetivo analisar a dinâmica do mercado e os efeitos na vida dos moradores. O estudo envolveu observações diretas e entrevistas com moradores e indivíduos envolvidos em atividades comerciais. Os dados foram agrupados de acordo com a expansão do mercado por meio de novas empresas, diversificação de negócios e a incorporação formal de serviços. Também foram analisados os discursos sobre responsabilidade social e aumento de capacidades. Os dados sugerem que a presença do Estado foi um pré-requisito para a expansão do mercado no território, embora o uso de espaços públicos pelos moradores e comerciantes locais esteja em declínio. O aumento do custo de vida na área gera insegurança devido à ameaça da gentrificação branca. A suposta inclusão social por meio do mercado entra em conflito com a expansão da cidadania pretendida, com o Estado falhando em fornecer as garantias mínimas necessárias.
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    Sobre a acumulação social da violência no Rio de Janeiro
    (2009) Misse, Michel
    O presente artigo foi originalmente apresentado como Conferência na Academia Brasileira de Letras, em 3 de julho de 2008. A “acumulação social da violência” refere-se a um processo social que já dura cerca de meio século aproximadamente. Ele pode ser historicamente delimitado, até agora, entre os anos 1950 e os dias atuais. Esse processo ocorre na cidade do Rio de Janeiro e em sua área de influência imediata – a região metropolitana do Rio – mas pode, em alguns momentos, alcançar outras cidades do estado, algumas capitais de outros estados e outras cidades brasileiras, como já aconteceu, adquirindo potencialmente abrangência nacional. Embora apresente semelhanças com o caso do Rio, define-se sempre por compartilhar com o Rio algumas dimensões comuns, cujo desenvolvimento local particulariza-se em suas diferenças. São aqui apresentados, em linhas gerais, os resultados alcançados em pesquisas do autor sobre esse processo no Rio de Janeiro.
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    Os jovens e a criminalidade em Mato Grosso do Sul
    (2021) França, Giovanni
    Este artigo tem como objetivo analisar o envolvimento de jovens na criminalidade no estado de Mato Grosso do Sul (MS). A pesquisa visa a demonstrar que a expansão do narcotráfico em todas as regiões do estado e a guerra entre as duas principais facções criminosas do Brasil pela disputa da hegemonia atacadista de drogas e armas na fronteira incidem diretamente nos recrutamentos de jovens e no número de encarceramentos no estado. Para o desenvolvimento deste artigo, foram utilizados dados de trabalhos de campo realizados entre os anos de 2010 a 2020 e consultas de informações em sites institucionais vinculados ao Ministério da Justiça e Segurança Pública.
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    Tiro cruzado: as dinâmicas de violência armada letal envolvendo a juventude brasileira
    (Universidade de São Paulo, 2021) Peres, Maria Fernanda Tourinho; Possas, Mariana Thorstensen; Carvalho, Ana Clara Rebouças de; Regina, Fernanda Lopes; Souza, Maíne
    No Brasil, as mortes violentas intencionais interpessoais, ou homicídios, constituem um fenômeno social cotidiano, que fica dissolvido em outras tantas causas de mortes que enfrentamos atualmente. Desde os anos 80, assistimos a um crescimento das taxas de homicídios, atingindo o pico em 2017. Vivemos há 30 anos um estado de violência letal endêmica, que afeta especialmente a juventude negra e pobre, sem conseguir produzir uma compreensão do problema e reação política à altura. Ao contrário, a cultura da morte permanece ativada e especialmente reproduzida em determinados espaços da sociedade. Os efeitos da dinâmica “tráfico-polícia” são a grande causa das mortes dos jovens, e sua produção é acompanhada do diagnóstico genérico “combate ao tráfico de drogas”, cujo relato inclui as justificativas morais, políticas e jurídicas para a manutenção desse contínuo e perverso ciclo de violência letal.
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    Emoções e Sentimentos de (In)justiça no Processo de Mudança - Resistência: Experiências dos Barraqueiros na Praia, e de Moradores de Favelas no Rio de Janeiro
    (2017) Reginensi, Caterine
    Com base em trabalhos etnográficos realizados em três locais diferentes da metrópole do Rio de Janeiro, entre 2005 e 2010, o presente artigo aborda o que se chama de emoções (medo, raiva, vergonha, ódio, amor, indignação, sentimento de (in)justiça, que não podem ser analisadas como simples sensações. O texto visa evidenciar o caráter social das emoções e observar a capacidade de diversos atores a avaliar situações de conflito a partir do uso de emoções. Pretendemos abrir uma discussão sobre o papel das emoções nos processos de mudança e de resistência.
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    Violência urbana, Segurança Pública e Favelas - O Caso do Rio de Janeiro Atual
    (2010) Silva, Luiz Antonio Machado da
    O artigo propõe uma descrição empírica da produção da linguagem da violência urbana (entendida como uma prática organizada, uma gramática) e das respectivas implicações sobre a ordem pública. Dois conjuntos de questões são abordados e relacionados: a) as relações entre violência urbana, rotinas e organização das relações sociais na cidade; b) o impacto da mudança no debate a respeito das políticas relativas à ordem pública sobre as formas atuais da criminalização e segregação territorial da pobreza, discutindo o estatuto das favelas como dispositivo exemplar desse processo. O texto pretende preservar as particularidades locais segundo as quais essas duas ordens de questões se apresentam como experiências vividas, de modo que o foco central de atenção é o caso singular do Rio de Janeiro.
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    O efeito gangue sobre a dinâmica dos homicídios: um estudo sobre o caso de Cambé/PR
    (2021) Lopes, Cleber da Silva; Ferreira, Anderson Alexandre
    Este trabalho analisa os processos que produzem dinâmicas homicidas ascendentes em territórios marcados por conflitos entre gangues. O objetivo é entender como a emergência de gangues em determinados territórios impacta os padrões de violência letal entre jovens. Para demonstrar como o efeito gangue ocorre, analisamos os padrões de homicídios em um território periférico do município de Cambé, Paraná, ao longo de 15 anos (1991 a 2006). Os resultados mostram que as dinâmicas homicidas são fortemente impactadas por conflitos intragangues, disputas por poder e status entre membros de gangues e, principalmente, “guerras” de gangues.
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    Necropolítica e racismo na construção da cartografia da violência nas periferias de Belém
    (2021) Couto, Aiala Colares de Oliveira
    O presente texto tem como objetivo analisar a cartografia dos homicídios ou cartografia da violência em Belém, Pará, sobretudo, a partir da sobreposição de territórios envolvendo narcotraficantes, milicianos e o Estado que manifesta as mais variadas formas de conflitos urbanos. Desse modo, os territórios sobrepostos produzem uma necropolítica que tem no componente racial um elemento indutor da banalização e naturalização das mortes. A metodologia aqui utilizada está fundamentada em pesquisas bibliográficas e documentais, análise de dados estatísticos e trabalhos de campo. Como resultado, tem-se a produção do mapa da violência em Belém, o qual aponta para uma concentração das manchas de homicídios nas áreas precarizadas e periféricas da cidade, destacando, assim, a necessidade de uma política urbana acompanhada de políticas públicas.
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    Para uma sociografia da sociologia urbana brasileira: a obra de Luiz Antonio Machado da Silva
    (2010) Freire, Jussara; Rocha, Lia de Matos
    Este artigo tem como objetivo apresentar primeiras considerações sobre um projeto de sociografia da Sociologia Urbana brasileira. Através da reconstituição das obras e dos perfis dos fundadores e protagonistas deste campo de conhecimento buscamos descrever e interpretar as trajetórias, as obras e os modos de pesquisar que constituem, estruturam e singularizam a tradição da Sociologia Urbana Brasileira. Começamos tal projeto pela contribuição de Luiz Antonio Machado da Silva para a Sociologia Urbana brasileira e, em específico, para a compreensão da sociabilidade metropolitana brasileira. Desde a década de 70, Machado da Silva vem analisando numerosas facetas de seus modos de vida (os movimentos sociais, os botequins, o jogo do bicho, a informalidade e a violência urbana). Mostramos neste artigo que o fio condutor de sua obra se focaliza precisamente no esforço de reconstituição do mosaico da sociabilidade urbana e das diferentes formas que esta adquiriu ao longo destes mais de trinta anos. Através da análise de sua produção e de uma série de entrevistas exclusivas realizadas no ano de 2008, buscamos recuperar a importância da obra deste autor para a Sociologia Urbana brasileira, analisando suas interseções e suas diferenças com outras produções acadêmicas brasileiras. A partir do percurso intelectual proposto pelo autor, reconstruímos sua trajetória bibliográfica e pessoal, dando visibilidade aos achados analíticos de artigos escritos desde 1967, passando por diferentes assuntos até os dias atuais, em que o autor se debruça sobre questões como a criminalidade violenta (através do conceito de sociabilidade violenta) e a segregação socioespacial.
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    Trabalhadores e bandidos: categorias de nomeação, significados políticos
    (2007) Feltran, Gabriel de Santis
    Este artigo apresenta a trajetória de uma família, moradora de uma favela na zona Leste de São Paulo, estudada entre 2005 e 2007. A partir dessa trajetória, discutem-se as implicações políticas da categorização social, muito difundida no senso comum, que opõe “trabalhadores” e “bandidos”. O texto está dividido em quatro partes. Na primeira parte, apresenta-se o contexto de transformações recentes da organização social das periferias de São Paulo. Na segunda, aparecem as características da etnografia empreendida. Na terceira, verificam-se as formas como o “mundo do crime” invade as dinâmicas domésticas das famílias de favela, e como ele passa a disputar espaço, nelas, com outros marcos discursivos socialmente mais legítimos. Na quarta parte, argumenta-se que este processo de disputa, no tecido social, é simultâneo à nomeação bipolar, no mundo público, de “trabalhadores” e “bandidos”. Verifica-se, então, a plasticidade destas categorias e seus modos de operar politicamente.
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    Sobre discursos e práticas da brutalidade policial: um ensaio interseccional e etnográfico
    (2019) Medeiros, Flávia
    A partir de etnografia realizada numa repartição policial na região metropolitana do Rio de Janeiro, a Divisão de Homicídios, vou apresentar como objetos e símbolos eram acionados para reforçar posições de poder e valores de masculinidade associados à virilidade e ao uso da força. Desenvolvo uma abordagem que considera a minha experiência como antropóloga em campo e minha posição como mulher negra, tendo como interlocutores os policiais civis. Meu objetivo é discutir como os agentes do estado atuam pela “violência”, fortalecendo a análise sobre mecanismos estatais de controle e marcadores sociais da diferença e, deste modo, demonstrar uma interpretação das práticas e discursos baseados de moralidades e sensibilidades, que permita refletir sobre a intersecção de posições estruturais que classificam e tratam desigualmente os sujeitos racializados.
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    Estudos sobre prisão: um balanço do estado da arte nas Ciências Sociais nos últimos vinte anos no Brasil (1997-2017)
    (2018) Lourenço, Luiz Claudio; Alvarez, Marcos César
    A temática prisional, além de ganhar destaque na agenda de notícias e nas preocupações sociais de nosso país, também se tornou mais expressiva na produção das ciências sociais no Brasil ao se constituir como um campo em expansão, ao longo dos últimos vinte anos. O objetivo deste texto é em mapear as dissertações e teses produzidas nos programas de pós-graduação em ciências sociais, sociologia, ciência política e antropologia que tratem de questões relativas aos estudos prisionais no período entre 1997 e 2017. Para alcançar tal propósito, foram consultados os repositórios acadêmicos de 56 instituições, além de sites de programas de pós-graduação nas áreas mencionadas. Ao todo, foram encontrados 139 trabalhos, entre dissertações e teses, o que mostra a importância das prisões na agenda de pesquisa das ciências sociais. Fica patente que a maioria dos trabalhos tem caráter empírico e foi realizada através de pesquisas em unidades prisionais ou com atores pertencentes a esse universo.
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    Sociabilidade violenta: por uma interpretação da criminalidade contemporânea no Brasil urbano
    (2004) Silva, Luiz Antonio Machado da
    O ensaio analisa uma das formas de organização social das relações de força que são legal e administrativamente definidas como crime comum violento, tal como aparecem nas grandes cidades, com ênfase para o Rio de Janeiro. A abordagem proposta implica considerar a relação entre a produção simbólica e certas práticas sociais em sua concretude e singularidade mais imediata. Para efeitos da argumentação desenvolvida, o texto, ao esboçar a noção de sociabilidade violenta, busca captar a natureza e o sentido da radical transformação de qualidade das relações sociais a partir das práticas de criminosos comuns, mudança que a produção sociológica tem tido enorme dificuldade em apreender.
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    Luiz Antonio Machado da Silva: an intellectual of the most "refined demeanor" in brazilian social sciences
    (2021) Leite, Márcia Pereira; Araujo, Marcella; Menezes, Palloma
    Neste artigo, recuperamos parte do legado de Luiz Antonio Machado da Silva, vitimado pela Covid-19 em 2020, para as Ciências Sociais brasileiras e, mais especificamente, para a Sociologia Urbana. Esse foi o campo ao qual Machado se dedicou durante mais de cinquenta anos de pesquisas e estudos, abrindo novos caminhos e perspectivas analíticas para o estudo da vida nas “margens” (favelas e periferias das grandes cidades – pensadas a partir do Rio de Janeiro, cidade onde vivia e realizava suas pesquisas). Machado analisou, em diferentes contextos, a produção da “marginalidade urbana” pelo Estado, procurando compreender as experiências de vida, as estratégias de sobrevivência, assim como a luta política e os desafios das camadas populares urbanas. Também se dedicou a analisar, especialmente a partir dos anos 1990, os efeitos do esgarçamento do mundo do trabalho e da regulação estatal que outrora o acompanhava, garantindo um mínimo de direitos e alguma integração social. Assim, dirigiu seus esforços analíticos para compreender o sentido e os usos da categoria de informalidade nesse contexto e, sobretudo, mostrou-se atento e preocupado com os efeitos do surgimento da criminalidade violenta no seio de um urbano dilacerado pela crise do trabalho, como fundamento social dos tempos de desconstrução de nosso paradigma institucional e político de integração social. Sendo impossível dar conta da grandiosidade de sua obra, as autoras buscaram reconstruir parte de sua trajetória de pesquisa e de sua contribuição analítica para a Sociologia Urbana em diferentes contextos. Também se enfatiza uma face pouco conhecida de Machado: a de intelectual público que sempre buscou intervir no debate público sobre o lugar das classes populares urbanas na cidade.
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    Polícia e ladrão: uma abordagem etnográfica em pesquisa multimétodos
    (2021) Feltran, Gabriel; Motta, Luana
    Este artigo reflete sobre as associações metodológicas necessárias para compreender um fenômeno social tão complexo quanto a letalidade policial no Brasil. Mais especificamente, detemo-nos sobre a reação policial e repressiva aos roubos e furtos de veículos, em São Paulo. Metodologicamente, mobilizamos uma abordagem etnográfica, com reconstrução de jornadas típicas, que não se furta de utilizar outras técnicas de pesquisa, todas submetidas à reflexividade própria da observação participante e das epistemologias compreensivas. Do ponto de vista dos conteúdos, indissociáveis de qualquer reflexão teórico-metodológica, argumentamos que as taxas de letalidade policial não estão “fora de controle” ou revelam “desvio” na atuação policial. Essa letalidade, ao contrário, tem padrões muito claros de seletividade, recorrência e legitimação social, que apresentamos neste artigo articulando dados etnográficos a uma série de dados quantitativos oficiais, seja do perfil socioeconômico de regiões da cidade, seja de diferentes tipos de atividade criminal e policial.