Covid-19 and the Brazilian Reality: The Role of Favelas in Combating the Pandemic
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Tipo
Artigo de Periódico
Data
2020
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Covid-19 and the Brazilian Reality: The Role of Favelas in Combating the Pandemic
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Frontiers in Sociology
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As consequências do coronavírus nas favelas do Rio de Janeiro (Brasil) apontam para a desigualdade social como um fator estruturante na sociedade brasileira. A disseminação do contágio e os múltiplos casos de mortes revelam a multiplicidade de modos de existência que coabitam o contexto urbano, indicando que, em muitos desses cenários, o acesso à moradia digna, água potável e a uma renda mínima não é uma realidade, e as recomendações das agências internacionais de saúde são difíceis de implementar. Contra as tecnopolíticas governamentais que impulsionam diferentes formas de morte para os mais pobres, as comunidades negras e os moradores de favelas, as insurgências territoriais indicam outros caminhos para a construção de uma vida digna e o acesso aos direitos fundamentais, práticas de solidariedade direcionadas, organização política territorial e a construção de políticas públicas específicas para lidar com os efeitos do vírus, levando em conta as particularidades e realidades distintas do território. As experiências de organização comunitária em torno dos Escritórios de Crise nas favelas, lideradas por organizações sociais e instituições de apoio, têm garantido (i) distribuição de alimentos e itens de higiene pessoal, (ii) higienização de becos, (iii) disseminação de informações sobre o vírus, e (iv) articulação política para disputas em defesa da preservação da vida nas favelas, em oposição aos processos genocidas realizados pelo poder do Estado. Esses espaços locais representam práticas de resistência às políticas de morte adotadas pelas políticas estaduais, que na maioria das vezes não são configurados como espaços de construção coletiva e desconsideram as desigualdades e necessidades distintas nesses territórios. Assim, as associações comunitárias se apresentam como um ponto de inflexão, um desvio do curso normal das subjetividades moduladas pelos princípios e práticas sociais do neoliberalismo, com a indicação de que a forma mais eficaz de lidar com as crises sociais é por meio do fortalecimento do coletivo e das organizações populares.
Resumo em Inglês
The consequences of coronavirus in favelas in Rio de Janeiro (Brazil) point to social inequality as a structuring factor in Brazilian society. The contagion spread and multiple death cases reveal the multiplicity of existence ways that cohabit the urban context, indicating that in many of these scenarios, access to decent housing, drinking water, and minimum income is not a reality and recommendations from international health agencies are challenging to implement. Against government technopolitics that drive different forms of death to the poorest, black communities, and slum dwellers, territorial insurgencies indicate other paths for the construction of a dignified life and access to fundamental rights, targeted solidarity practices, territorial political organization and the construction of specific public policies to deal with the effects of the virus which takes into account the particularities and distinct realities of the territory. The experiences of community organization around Crisis Offices in the favelas, led by social organizations and supporting institutions, have guaranteed (i) food and personal hygiene items distribution, (ii) sanitization of alleys, (iii) dissemination of information on the virus, and (iv) political articulation for disputes in defense of life preservation in the favelas, in opposition of genocidal processes carried out by the state power. Such local spaces represent practices of resistance to the death policies undertaken by the state policies, which most are not configured as spaces for collective construction and disregard inequalities and different needs in these territories. That way, community associations are presented as an inflection point, a deviation from the normal course of modulated subjectivities by the social principles and practices of neoliberalism, with the indication that the most efficient way to deal with social crises is through the strengthening of the collective and the popular organizations.
Resumo em Espanhol
Las consecuencias del coronavirus en las favelas de Río de Janeiro (Brasil) apuntan a la desigualdad social como un factor estructurante en la sociedad brasileña. La propagación del contagio y los múltiples casos de muertes revelan la multiplicidad de modos de existencia que coexisten en el contexto urbano, lo que indica que, en muchos de estos escenarios, el acceso a una vivienda digna, agua potable y un ingreso mínimo no es una realidad, y las recomendaciones de las agencias internacionales de salud son difíciles de implementar. Frente a las tecnopolíticas gubernamentales que impulsan diferentes formas de muerte para los más pobres, las comunidades negras y los habitantes de las favelas, las insurgencias territoriales señalan otros caminos para la construcción de una vida digna y el acceso a los derechos fundamentales, prácticas de solidaridad dirigidas, organización política territorial y la creación de políticas públicas específicas para abordar los efectos del virus, teniendo en cuenta las particularidades y realidades distintas del territorio.
Las experiencias de organización comunitaria en torno a las Oficinas de Crisis en las favelas, lideradas por organizaciones sociales e instituciones de apoyo, han garantizado (i) distribución de alimentos e ítems de higiene personal, (ii) higienización de callejones, (iii) difusión de información sobre el virus, y (iv) articulación política para disputas en defensa de la preservación de la vida en las favelas, en oposición a los procesos genocidas llevados a cabo por el poder estatal. Estos espacios locales representan prácticas de resistencia a las políticas de muerte adoptadas por las políticas estatales, que en la mayoría de los casos no se configuran como espacios de construcción colectiva y desatienden las desigualdades y las necesidades específicas de estos territorios. Así, las asociaciones comunitarias se presentan como un punto de inflexión, una desviación del curso normal de las subjetividades moduladas por los principios y prácticas sociales del neoliberalismo, con la indicación de que la forma más eficaz de abordar las crisis sociales es a través del fortalecimiento del colectivo y de las organizaciones populares.
Resumo em Francês
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Associativismo e Memória
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FERNANDES, L. A. de C. et al. Covid-19 and the Brazilian reality: the role of favelas in combating the pandemic. Frontiers in Sociology, v. 5, 17 dez. 2020.