Artigos de periódicos 📄
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Texto acadêmico que apresenta resultados de uma pesquisa, análise ou revisão sobre um tema específico que foi aprovado para publicação ou publicado num periódico científico.
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Navegando Artigos de periódicos 📄 por Autor "Dameda, Cristiane"
Item Atitudes que fazem a diferença: coronavírus e os coletivos nas favelas(2021) Silva, Caique Azael Ferreira da; Gonçalves, Cristiana de Siqueira; Dameda, Cristiane; Pedro, Rosa Maria Leite RibeiroA chegada da pandemia do coronavírus no Brasil muda profundamente a dinâmica de vida da população. No que diz respeito às favelas e periferias, uma série de desafios para a efetivação das prescrições sanitárias contra o vírus escancaram a forte desigualdade que é estruturante da sociedade brasileira e que o vírus pretensamente democrático na verdade ganha outras características no contato com a desigualdade social e o racismo. A indiferença do poder público com determinados territórios, motivadas por uma racionalidade de governo orientada pela necropolítica outorga à população a responsabilidade de se organizar para garantir alimentação, cuidados em saúde e informação aos moradores. O papel do coletivo no enfrentamento às violações de direitos e construção de mundos possíveis é reafirmado pelas ações de solidariedade e pela tentativa de construir outros futuros para os que sofrem com violências todos os dias.Item Covid-19 and the Brazilian Reality: The Role of Favelas in Combating the Pandemic(2020) Fernandes, Luana Almeida de Carvalho; Silva, Caíque Azael Ferreira da; Dameda, Cristiane; Bicalho, Pedro Paulo Gastalho deAs consequências do coronavírus nas favelas do Rio de Janeiro (Brasil) apontam para a desigualdade social como um fator estruturante na sociedade brasileira. A disseminação do contágio e os múltiplos casos de mortes revelam a multiplicidade de modos de existência que coabitam o contexto urbano, indicando que, em muitos desses cenários, o acesso à moradia digna, água potável e a uma renda mínima não é uma realidade, e as recomendações das agências internacionais de saúde são difíceis de implementar. Contra as tecnopolíticas governamentais que impulsionam diferentes formas de morte para os mais pobres, as comunidades negras e os moradores de favelas, as insurgências territoriais indicam outros caminhos para a construção de uma vida digna e o acesso aos direitos fundamentais, práticas de solidariedade direcionadas, organização política territorial e a construção de políticas públicas específicas para lidar com os efeitos do vírus, levando em conta as particularidades e realidades distintas do território. As experiências de organização comunitária em torno dos Escritórios de Crise nas favelas, lideradas por organizações sociais e instituições de apoio, têm garantido (i) distribuição de alimentos e itens de higiene pessoal, (ii) higienização de becos, (iii) disseminação de informações sobre o vírus, e (iv) articulação política para disputas em defesa da preservação da vida nas favelas, em oposição aos processos genocidas realizados pelo poder do Estado. Esses espaços locais representam práticas de resistência às políticas de morte adotadas pelas políticas estaduais, que na maioria das vezes não são configurados como espaços de construção coletiva e desconsideram as desigualdades e necessidades distintas nesses territórios. Assim, as associações comunitárias se apresentam como um ponto de inflexão, um desvio do curso normal das subjetividades moduladas pelos princípios e práticas sociais do neoliberalismo, com a indicação de que a forma mais eficaz de lidar com as crises sociais é por meio do fortalecimento do coletivo e das organizações populares.